Documentos Necessários para Comprar um Imóvel com Fgts:

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Documentos Necessários para Comprar um Imóvel com Fgts:

Guia Completo para Utilizar o Fundo de Garantia na Aquisição da Casa Própria:

 

Introdução – Comprando um Imóvel com FGTS

 

A compra de um imóvel é um dos passos mais importantes na vida financeira de qualquer pessoa. Quando se trata de utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para essa aquisição, é essencial estar ciente dos documentos necessários para garantir que o processo seja realizado de forma rápida e sem contratempos. O FGTS é uma ferramenta valiosa que pode ser utilizada para a compra de um imóvel, seja para pagamento de parte do valor, amortização de saldo devedor ou até mesmo quitação total do financiamento. No entanto, para que o fundo seja liberado, é necessário atender a uma série de requisitos e apresentar uma documentação específica.

Neste artigo, detalharemos os documentos exigidos para a compra de um imóvel utilizando o FGTS, desde a comprovação de regularidade no fundo até a documentação necessária do imóvel e do vendedor. Entender esses requisitos é fundamental para evitar atrasos e garantir que todo o processo seja realizado com sucesso.

 

Comprovação de Regularidade no FGTS

 

O primeiro passo para utilizar o FGTS na compra de um imóvel é comprovar a regularidade do fundo. Isso significa que o trabalhador deve atender a alguns requisitos básicos para ter direito ao uso do FGTS. Entre eles, está o tempo mínimo de três anos de trabalho sob o regime do FGTS, que pode ser cumulativo em diferentes empresas.

Por exemplo, se um trabalhador esteve empregado por dois anos em uma empresa e depois mais um ano em outra, ele já cumpre o requisito de tempo para utilizar o FGTS. Outro exemplo é a necessidade de que o trabalhador esteja em atividade, ou seja, que ainda esteja contribuindo para o fundo no momento da solicitação.

Além disso, é necessário que o trabalhador não seja proprietário de outro imóvel residencial na mesma localidade onde pretende comprar o novo imóvel com o FGTS, e que não tenha utilizado o fundo para a compra de outro imóvel nos últimos três anos. Essas condições devem ser comprovadas através de documentos específicos, que serão detalhados nos próximos tópicos.

 

Documentos Pessoais do Comprador

 

Para dar início ao processo de compra do imóvel utilizando o FGTS, o comprador deve reunir uma série de documentos pessoais que comprovem sua identidade, estado civil e regularidade com o fundo. Esses documentos são essenciais para a avaliação do banco ou instituição financeira que gerenciará o uso do FGTS.

Entre os principais documentos exigidos estão o RG e CPF, que são fundamentais para a identificação do comprador. Além disso, é necessário apresentar a Certidão de Nascimento ou de Casamento, conforme o estado civil, e em caso de divórcio, a Certidão de Casamento com averbação.

Por exemplo, se o comprador for casado, a certidão de casamento será obrigatória para comprovar o regime de bens, que pode influenciar na compra do imóvel.

Outro documento importante é a Carteira de Trabalho, que comprova o tempo de contribuição ao FGTS. A carteira deve estar atualizada e em boas condições, pois será analisada para verificar o cumprimento dos requisitos de utilização do fundo. Caso o trabalhador esteja empregado em regime CLT, um extrato do FGTS atualizado também será necessário.

Portanto, reunir todos os documentos pessoais com antecedência é crucial para evitar atrasos no processo de compra e garantir que o uso do FGTS seja aprovado sem complicações.

 

Documentos do Imóvel

 

Além dos documentos pessoais do comprador, é necessário apresentar uma série de documentos relacionados ao imóvel que será adquirido com o FGTS. Esses documentos visam comprovar a regularidade do imóvel e garantir que ele está apto para ser financiado com o uso do fundo.

Entre os documentos mais importantes estão a matrícula atualizada do imóvel, que deve estar registrada no Cartório de Registro de Imóveis. Esse documento comprova a titularidade e a inexistência de pendências ou restrições que possam impedir a venda. Outro exemplo é a Certidão Negativa de Ônus Reais, que também deve ser obtida no Cartório de Registro de Imóveis e que confirma que o imóvel não possui dívidas ou pendências jurídicas.

Outro documento essencial é o Habite-se, que é emitido pela prefeitura e comprova que o imóvel foi construído de acordo com as normas técnicas e está apto para habitação. Sem esse documento, o financiamento com FGTS pode ser negado, pois o banco precisa garantir que o imóvel está em condições legais e estruturais adequadas.

Portanto, verificar a regularidade dos documentos do imóvel é uma etapa fundamental para garantir que a compra será aprovada e que o FGTS poderá ser utilizado sem impedimentos.

 

Documentos do Vendedor

 

Os documentos do vendedor também são essenciais no processo de compra de um imóvel com FGTS. Eles servem para garantir que o vendedor está em situação regular e que a transação pode ser realizada sem riscos para o comprador ou para a instituição financeira.

Entre os principais documentos exigidos do vendedor estão o RG, CPF e Certidão de Estado Civil. Se o vendedor for casado, será necessário apresentar a Certidão de Casamento. Além disso, se o imóvel for vendido por uma pessoa jurídica, serão exigidos documentos adicionais, como o Contrato Social e a última alteração contratual, além do CNPJ.

Outro documento importante é a Certidão Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União (CND), que comprova que o vendedor está em dia com suas obrigações fiscais. Caso o vendedor tenha algum tipo de pendência fiscal, isso pode complicar a transação, atrasando ou até impedindo o uso do FGTS.

Portanto, é fundamental que o comprador exija todos os documentos do vendedor com antecedência e verifique sua regularidade, evitando problemas que possam comprometer a compra do imóvel.

 

Avaliação do Imóvel

 

Para que o FGTS seja utilizado na compra de um imóvel, é necessário que a instituição financeira realize uma avaliação do imóvel. Essa avaliação é feita por um engenheiro ou arquiteto credenciado pelo banco, que visita o imóvel para verificar suas condições e confirmar se o valor de venda é compatível com o mercado.

Por exemplo, se o comprador está adquirindo um apartamento em uma área valorizada, o avaliador verificará se o preço solicitado pelo vendedor está de acordo com os preços praticados na região. Outro aspecto que o avaliador verifica é a conformidade do imóvel com as normas legais e de construção, como a existência de um Habite-se válido.

A avaliação é importante porque o FGTS só pode ser utilizado em imóveis que atendem a todos os critérios estabelecidos pela Caixa Econômica Federal ou outra instituição financeira que administra o fundo. Caso o imóvel não seja aprovado na avaliação, o uso do FGTS pode ser negado, forçando o comprador a buscar outras formas de financiamento ou a negociar um novo valor com o vendedor.

Portanto, estar ciente da importância da avaliação e garantir que o imóvel está em boas condições é essencial para o sucesso da transação com o uso do FGTS.

 

Contrato de Compra e Venda

 

Após reunir toda a documentação necessária e garantir que o imóvel está em conformidade com as exigências legais, o próximo passo é a assinatura do Contrato de Compra e Venda. Esse contrato formaliza o acordo entre comprador e vendedor e estabelece todas as condições da transação, incluindo o uso do FGTS.

No contrato, devem ser especificados o valor total do imóvel, a forma de pagamento (incluindo a utilização do FGTS), as responsabilidades de cada parte e os prazos para cumprimento das obrigações. Por exemplo, o contrato pode estipular que o comprador utilizará o FGTS para quitar parte do valor do imóvel e que o restante será financiado por meio de um crédito imobiliário.

Outro ponto importante é a inclusão de cláusulas que protejam o comprador em caso de problemas com o imóvel ou com a liberação do FGTS.

Por exemplo, uma cláusula pode prever a rescisão do contrato sem penalidades caso o FGTS não seja aprovado ou caso o imóvel não passe na avaliação da instituição financeira.

Portanto, a elaboração de um contrato de compra e venda bem estruturado, com todas as condições claras e acordadas entre as partes, é crucial para garantir que o processo de compra seja realizado de forma segura e que o FGTS seja utilizado conforme planejado.

 

Registro do Imóvel e Liberação do FGTS

 

Após a assinatura do contrato de compra e venda, o próximo passo é registrar o imóvel em nome do comprador no Cartório de Registro de Imóveis. O registro é a etapa final que formaliza a transferência de propriedade e garante que o comprador seja reconhecido como o novo proprietário do imóvel.

Somente após o registro do imóvel é que o FGTS será liberado pela instituição financeira para pagamento ao vendedor. É importante ressaltar que o registro deve ser feito o mais rápido possível, pois o FGTS só pode ser utilizado após a formalização da compra e venda.

Por exemplo, se o comprador demorou para registrar o imóvel, isso pode atrasar a liberação do FGTS e, consequentemente, o pagamento ao vendedor.

Outro exemplo é a necessidade de pagar as taxas de registro e ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) antes de efetuar o registro, o que deve ser planejado com antecedência.

Portanto, concluir o registro do imóvel de forma rápida e eficiente é essencial para garantir que o FGTS seja liberado sem problemas e que a compra do imóvel seja concluída com sucesso.

 

Prazo para Utilização do FGTS

 

O uso do FGTS na compra de um imóvel tem prazos específicos que devem ser observados para evitar problemas no processo de aquisição. Desde a aprovação do crédito até a liberação dos recursos do FGTS, é necessário que todas as etapas sejam cumpridas dentro dos prazos estabelecidos pela instituição financeira.

Por exemplo, após a aprovação do crédito imobiliário e a verificação da documentação, o FGTS pode ser liberado em um prazo de 30 a 45 dias, dependendo da complexidade do processo e da agilidade das partes envolvidas.

Outro exemplo é o prazo para a assinatura do contrato de compra e venda, que deve ser respeitado para evitar que a aprovação do FGTS seja invalidada.

Se o comprador não cumprir os prazos estabelecidos, pode haver a necessidade de reiniciar o processo ou até mesmo a perda da oportunidade de utilizar o FGTS para a compra do imóvel. Além disso, é importante que o comprador esteja atento ao vencimento de documentos e certidões, que podem precisar ser renovados caso o processo demore mais do que o esperado.

Portanto, respeitar os prazos e manter uma comunicação eficiente com todas as partes envolvidas é fundamental para garantir que o FGTS seja utilizado de forma correta e que a compra do imóvel seja concluída dentro do cronograma.

 

Conclusão – Garantindo uma Compra Segura com FGTS

 

Comprar um imóvel utilizando o FGTS é uma excelente oportunidade para muitos brasileiros realizarem o sonho da casa própria. No entanto, para que o processo seja bem-sucedido, é essencial que o comprador esteja ciente de todos os documentos necessários e das etapas envolvidas na transação.

Desde a comprovação da regularidade do FGTS até a assinatura do contrato de compra e venda e o registro do imóvel, cada etapa exige atenção aos detalhes e o cumprimento de requisitos específicos. Reunir toda a documentação com antecedência, garantir que o imóvel está em conformidade com as exigências legais e respeitar os prazos são ações fundamentais para evitar contratempos e garantir que o FGTS seja liberado sem problemas.

Além disso, contar com a assistência de profissionais, como advogados e consultores imobiliários, pode ser um diferencial importante para orientar o comprador em todas as etapas e garantir que a compra seja realizada de forma segura e eficiente. Com planejamento e organização, é possível utilizar o FGTS para adquirir um imóvel e concretizar o sonho da casa própria.

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Colunista

Luiz Carlos Da Silva Oliveira

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