Consórcio ou Financiamento: Qual a Melhor Escolha?

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Consórcio ou Financiamento: Qual a Melhor Escolha?

Avalie os prós e contras de cada modalidade para decidir o melhor caminho na compra de um apartamento em 12 meses

 

  1. Entendendo as Diferenças Entre Consórcio e Financiamento

 

Consórcio e financiamento são formas populares de aquisição imobiliária, mas funcionam de maneiras distintas. No consórcio, você participa de um grupo que faz pagamentos mensais, sendo contemplado por sorteio ou lance para receber a carta de crédito e adquirir o imóvel. No financiamento, você obtém crédito imediato com o banco, pagando o valor emprestado em parcelas acrescidas de juros. Por exemplo, se você precisa do imóvel em 12 meses, o consórcio pode não ser a melhor opção, já que a contemplação depende de sorteio. No financiamento, você já adquire o bem e começa a pagar enquanto usufrui dele.

 

  1. Prazos e Objetivos: Tempo é Fator Decisivo

 

Considerando que você pretende morar no apartamento em 12 meses, o prazo é um critério determinante. O consórcio não garante que você terá o valor necessário em um ano, pois depende de sorteio ou de um lance competitivo. Em um grupo de consórcio, você pode levar meses ou anos para ser contemplado, o que não se alinha ao seu objetivo de morar rapidamente. Já o financiamento, embora tenha juros mais altos, permite a compra imediata, possibilitando a mudança para o imóvel dentro do prazo desejado. Portanto, para objetivos de curto prazo, o financiamento tende a ser mais indicado.

 

  1. Análise de Custos: Taxas e Juros a Longo Prazo

 

A escolha entre consórcio e financiamento envolve uma análise detalhada de custos. No consórcio, não há juros, mas você paga uma taxa de administração, que pode variar de 15% a 25% do valor do imóvel. Já no financiamento, as parcelas incluem juros, que podem elevar significativamente o custo total do imóvel. Por exemplo, um imóvel de R$ 300.000 financiado em 20 anos pode custar mais de R$ 600.000 ao final do prazo. No consórcio, o valor final será mais previsível, mas a incerteza sobre quando será contemplado torna essa opção menos atrativa para quem tem prazos curtos.

 

  1. Flexibilidade Financeira: Entrada, Parcelas e Lances

 

A flexibilidade financeira também deve ser considerada. No financiamento, normalmente é necessário dar uma entrada de 20% a 30% do valor do imóvel, enquanto as parcelas são fixas ou ajustadas conforme o índice de correção. No consórcio, não há entrada, mas você pode oferecer lances para ser contemplado mais rápido, o que requer um capital disponível. Por exemplo, se você tem um valor guardado e deseja se mudar logo, o financiamento pode ser mais vantajoso. Já se você prefere não se comprometer com uma entrada alta e pode esperar, o consórcio pode ser uma opção interessante.

 

  1. Riscos e Incertezas em Cada Modalidade

 

Cada modalidade tem seus riscos e incertezas. No consórcio, o principal risco é o tempo de espera para ser contemplado, o que pode não acontecer dentro do prazo desejado. Mesmo dando lances altos, não há garantia de contemplação imediata. No financiamento, o risco está nas variações de juros e nas condições de mercado que podem aumentar as parcelas ao longo do tempo. Por exemplo, uma alta na taxa Selic pode elevar as prestações, comprometendo seu orçamento. Portanto, é importante avaliar a previsibilidade financeira de cada opção, considerando seu perfil de risco e o prazo desejado.

 

  1. Capacidade de Endividamento e Planejamento Financeiro

 

Sua capacidade de endividamento é um fator essencial na decisão. No financiamento, o comprometimento da renda é maior, pois as parcelas podem consumir até 30% do seu orçamento. Já no consórcio, as parcelas costumam ser mais baixas, o que pode ser vantajoso se você precisa de uma margem financeira maior para outras despesas. Por exemplo, se você tem um orçamento limitado e não pode arcar com parcelas elevadas, o consórcio pode ser mais interessante. No entanto, se o objetivo é a aquisição rápida, o financiamento, mesmo com parcelas mais altas, oferece a vantagem de garantir o imóvel em curto prazo.

 

  1. Valorização do Imóvel e Expectativas de Mercado

 

Outro ponto a considerar é a valorização do imóvel ao longo do tempo. Se o mercado imobiliário estiver em alta, adquirir o imóvel por meio de financiamento pode ser mais vantajoso, já que você se beneficia da valorização imediata. No consórcio, como você pode demorar para ser contemplado, corre o risco de o imóvel desejado valorizar e ficar fora do alcance do crédito disponível. Por exemplo, em áreas com alta demanda, o preço dos imóveis pode subir rapidamente, e quem adquire por consórcio pode não conseguir comprar no momento certo. Portanto, se o mercado está aquecido, o financiamento pode ser mais estratégico.

 

  1. Impacto do Perfil Pessoal e Familiar na Escolha

 

O perfil do comprador também influencia na escolha entre consórcio e financiamento. Para quem está começando a vida financeira ou não tem urgência em adquirir o imóvel, o consórcio pode ser uma forma de poupança planejada, sem o peso dos juros do financiamento. Por outro lado, se você tem uma família que precisa de estabilidade em um curto prazo, o financiamento permite a mudança imediata, oferecendo segurança. Por exemplo, uma pessoa solteira com flexibilidade pode se beneficiar do consórcio, enquanto uma família com crianças em idade escolar pode preferir o financiamento para garantir uma residência fixa rapidamente.

 

  1. Implicações Fiscais e Legais nas Modalidades

 

As implicações fiscais e legais também são relevantes. No financiamento, o imóvel já fica registrado em seu nome, mesmo que esteja alienado ao banco até a quitação. Isso oferece uma segurança jurídica maior em relação ao consórcio, onde a carta de crédito só é liberada após a contemplação. Além disso, em caso de inadimplência, a retomada do imóvel financiado é mais rápida e direta. Por exemplo, no financiamento, o processo de quitação e liberação da escritura é mais transparente e linear, enquanto no consórcio pode haver complexidade na gestão dos contratos e nos lances ofertados.

 

  1. Considerações Finais: Qual Opção Escolher para Mudar em 12 Meses?

 

Considerando que você deseja se mudar em 12 meses, o financiamento é a opção mais indicada, pois garante a posse imediata do imóvel. O consórcio, embora seja vantajoso em termos de custo a longo prazo, não oferece a certeza de contemplação no prazo que você precisa. Por exemplo, mesmo que você invista em lances altos, não há garantia de que conseguirá o imóvel dentro do período desejado. O financiamento, apesar dos juros mais elevados, proporciona a segurança de que você terá o bem em mãos dentro do prazo estipulado, o que é crucial para quem tem metas definidas e precisa de estabilidade.

Luiz Carlos Da Silva Oliveira é Diretor de Vendas com formação em Gestão em negócios imobiliários - universidade estácio de sá e Despachante documentalista - universidade uniasselvi, está entre os TOP 10 corretores(as) possuindo conhecimento em diversas áreas como: Negociação, Imóveis, Financiamento, Condomínio, Documentação e etc, possuindo um total de 1356 artigos publicados e mais 386 respostas em nosso fórum. Está no mercado imobiliário desde 2016 atuando principalmente nos bairros Botafogo, Barra da tijuca, Recreio, Copacabana e Ipanema, e já trabalhou em empresas como: Rjz cyrela, Cury, Mrv, Tenda, Dimensional, Rossi, Privilégio imóveis e Patrimóvel.

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