Classificação de Bens Móveis e Imóveis

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Classificação de Bens Móveis e Imóveis

Classificação de Bens Móveis e Imóveis: Uma Visão Prática para Corretores

No setor de corretagem, a distinção entre bens móveis e imóveis é fundamental para orientar negociações, auxiliar clientes e promover vendas de forma eficaz. Além de uma questão legal, essa diferenciação impacta diretamente as abordagens de venda, os procedimentos de registro e até as implicações tributárias de cada tipo de bem. Este artigo explora a classificação dos bens móveis e imóveis de maneira prática, com foco nas situações comuns enfrentadas pelos corretores.

1. O Que São Bens Móveis e Imóveis?

Bens móveis são aqueles que podem ser deslocados sem perder sua essência ou estrutura. Itens como veículos, móveis e eletrônicos são exemplos típicos e podem ser transportados com facilidade. No entanto, alguns bens móveis, como automóveis, podem exigir algum tipo de registro ou documentação, mas a transação é, em geral, simples e rápida.

Bens imóveis, por outro lado, estão permanentemente fixados ao solo e não podem ser movidos sem comprometer sua estrutura. Exemplos incluem casas, apartamentos, terrenos e demais construções. Por serem fixos, bens imóveis demandam processos específicos de registro e verificação de documentos, como escrituras e registros de propriedade, o que exige atenção redobrada do corretor.

2. Como os Corretores Podem Usar Essa Distinção

Para corretores, conhecer essa diferença não é apenas uma questão técnica, mas um ponto essencial para dar segurança e agilidade ao cliente. Além disso, ela ajuda a definir o tipo de documentação e os processos de alienação (transferência) que cada transação envolve. Vamos ver como essa distinção impacta o dia a dia do corretor.

2.1 Documentação e Registro

Bens Móveis: Na corretagem de bens móveis de alto valor, como veículos, o processo de transferência é relativamente direto. Não exige escrituração em cartório, embora os veículos necessitem da atualização do Certificado de Registro de Veículo (CRV), que comprova a transferência de propriedade.

Bens Imóveis: Imóveis, por outro lado, exigem um processo mais rigoroso. Corretores devem verificar toda a documentação, incluindo escritura, matrícula atualizada, certidões negativas e registros no cartório de imóveis. O processo de compra e venda de um imóvel também inclui o pagamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), cuja alíquota varia de acordo com o município. Esse cuidado adicional protege o cliente e garante a segurança da transação.


2.2 Garantia e Crédito

A utilização de bens como garantia também difere conforme a classificação. Para corretores que atuam em financiamentos ou consultorias financeiras para compra de imóveis, essa informação é essencial:

Imóveis como Garantia: Bens imóveis são comumente usados em financiamentos, como hipotecas ou alienação fiduciária. Eles oferecem segurança para o credor, pois são difíceis de desvalorizar rapidamente e têm alto valor de mercado, o que facilita a aceitação do bem como garantia em operações de crédito de longo prazo.

Bens Móveis como Garantia: Bens móveis, como veículos, podem ser usados em créditos de curto prazo ou em contratos de penhor, mas geralmente têm valor de garantia menor. Isso acontece porque bens móveis desvalorizam mais rapidamente, como automóveis, que perdem parte de seu valor com o tempo.


3. Abordagem na Venda: Vantagens e Estratégias

A classificação também influencia diretamente a abordagem de venda. Corretores precisam considerar as vantagens específicas de cada tipo de bem ao lidar com seus clientes.

3.1 Venda de Bens Imóveis

Vender um imóvel exige uma abordagem que valorize os benefícios a longo prazo e as vantagens de investimento. Algumas estratégias incluem:

Valorização do Investimento: Imóveis geralmente valorizam ao longo do tempo, especialmente em regiões com desenvolvimento econômico e social, como melhorias na infraestrutura urbana ou proximidade de centros comerciais. Corretores podem usar isso como um argumento forte para clientes que buscam segurança e valorização patrimonial.

Benefícios Fiscais: Muitos compradores de imóveis têm benefícios fiscais e podem obter deduções ou isenções de impostos em algumas situações. Para imóveis, a orientação sobre vantagens tributárias pode ser um diferencial de venda.

Estabilidade e Patrimônio: Para quem busca estabilidade, os imóveis são a escolha ideal. Corretores devem mostrar a segurança que imóveis trazem, especialmente em períodos de instabilidade financeira, em que investir em imóveis é considerado um “porto seguro”.


3.2 Venda de Bens Móveis

A venda de bens móveis, como veículos, pode ser mais rápida e direcionada a clientes que buscam uso imediato e maior facilidade de compra. Estratégias incluem:

Liquidez e Flexibilidade: Corretores podem destacar que bens móveis são de fácil comercialização e mais líquidos. Para clientes que preferem investimentos de curto prazo ou que desejam ter facilidade de venda futura, bens móveis representam um investimento de menor comprometimento.

Facilidade de Transferência: A rapidez e simplicidade para transferir a propriedade dos bens móveis também são um ponto positivo. Corretores devem esclarecer que não há exigência de escrituração em cartório e que a mudança de titularidade, especialmente para automóveis, pode ser feita em dias.


4. Questões Fiscais e de Tributação

Os impostos sobre a venda e posse de bens móveis e imóveis são diferentes, e cabe ao corretor orientar o cliente sobre essas responsabilidades:

Imóveis: A compra de imóveis envolve o pagamento do ITBI, cobrado pelo município. Além disso, há o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), pago anualmente pelos proprietários. Durante a transação, é importante verificar as certidões fiscais para assegurar que o imóvel não tenha pendências.

Veículos: A compra de veículos envolve o pagamento de taxas de transferência, mas não de ITBI. No entanto, os proprietários de veículos devem pagar o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) anualmente.


5. Implicações para a Corretagem

Para o corretor, saber orientar sobre esses pontos transmite profissionalismo e gera confiança no cliente. Corretores que entendem as especificidades de cada tipo de bem podem oferecer um atendimento mais completo, identificando e explicando documentos necessários, tributos e as melhores práticas de investimento, seja para imóveis ou para bens móveis.

6. Conclusão

Para a corretagem, a distinção entre bens móveis e imóveis é mais do que um detalhe técnico: é uma ferramenta de trabalho. Com esse conhecimento, corretores conseguem não apenas vender, mas agregar valor ao serviço oferecido, informando e orientando o cliente para uma compra segura e vantajosa. Corretores que dominam essa classificação estão mais bem preparados para atender às necessidades dos clientes, construir uma reputação de confiança e fortalecer suas práticas de venda e consultoria.

 

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Colunista

Paulo Roberto Fonseca Moreira Junior

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