Publicado em 25/06/2021
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Ecoeficiência, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, reorientação de processos produtivos, eficiência e eficácia, reciclagem e até uma sociobiosustentabilidade que eu escutei e um matuto no norte de Mato Grosso me explicando que não existirá sustentabilidade da floresta sem antes cuidar de quem vive nela e dela tira seu sustento.
Palavras novas, tão estudadas e faladas que viraram ciência, mas o problema de agressão das nossas florestas vem de longe. De uma época que os índios eram seminômades e faziam suas roças queimando áreas de floresta e criando campos e grandes áreas improdutivas. A pouco mais de 500 anos o extrativismo europeu, que não só quase dizimou a Mata Atlântica, como dizem também que o parlamento inglês é todo de mogno brasileiro.
O mundo muda a uma velocidade quase inimaginável, foram 120 anos da primeira bomba d'água a vapor em 1780 até as primeiras linhas de montagem na Singer, Colt e Ford, foram mais 60 anos, e até o primeiro passo na Lua. A velocidade das mudanças é intensa e sistemas não param de serem criados. E porque surgiu essa nova era da indústria sustentável? Será por lucros maiores?
Em parte sim. Se a indústria não obtiver lucros ela fecha. Mas muito mais para acompanhar as novas gerações com visões mais amplas, politizadas e defensoras do meio ambiente. As empresas nunca devem perder seu cliente de vista.
A eficiência produtiva, que em poucas palavras quer dizer produzir mais gastando menos, deve ser buscada em todo o processo e isso quer dizer acabar com os desperdícios, organizar a produção e os estoques, diminuir o tempo de produção e de transporte por exemplo. Medidas essas que podem ser conseguidas com muito pouco investimento, apenas com criatividade e dedicação. Os japoneses tem uma palavra para isso: Kaizen, que quer dizer melhorar todos os dias, nem que seja apenas um pequeno detalhe.
Também podemos melhorar o processo trabalhando com fornecedores que tenham a mesma visão de proteção ao meio ambiente. Que usem técnicas de reaproveitamento de resíduos e efluentes, materiais recicláveis, energia limpa, equipamentos mais eficientes, mas sobretudo reorganizar e direcionar todo o processo para mitigar o uso de recursos.
Agora o mais importante. O que temos em comum sobre tudo o que foi dito até agora? Quem vai operar o sistema? Quem vai planejar o futuro? Sim, as pessoas. São elas que se envolvem de corpo e alma não apenas em um projeto, mas em um plano de vida.
Se as pessoas não se conscientizarem que o consumo é o maior vilão dessa história, não tem empresa no mundo que consiga dar jeito na extinção do planeta.
Vamos todos praticar a sustentabilidade consumindo menos.

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